Odailta Alves




Odailta Alves da Silva, mulher negra, periférica, mãe solo, lésbica. Filha de Regina e Amara. Mãe de Douglas e Stefane. Natural do Recife/PE nasceu em 14 de julho de 1979. Viveu até os 23 anos de idade na Favela de Santo Amaro, em Recife. É escritora, atriz e educadora. Dentro de um barraco com mais oito pessoas, foi a primeira a aprender a ler. Para ela, alfabetizar-se foi uma grande conquista e tornar-se escritora foi uma revolução contra a sociedade excludente, racista e preconceituosa. 

É formada em Letras, com Mestrado em Linguística (UFPE) e atualmente é doutoranda em Lingüística UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. É professora concursada do Estado de Pernambuco, na qual atua na Secretaria de Educação com formação em Direitos Humanos, dentro de uma perspectiva antirracista, fazendo parte da coordenação do projeto Letras Pretas nas Bibliotecas das escolas da rede estadual do Estado. Também é concursada na Prefeitura Municipal do Recife, atuando como vice-gestora n’uma escola pública no Córrego do Jenipapo, periferia da Zona Norte do Recife. 

Seus versos enegrecem o padrão, traz à voz da mulher e do homem negros poetizando do amor, a dor, a História, a resistência, “Meus versos sangram/ E mancham as brancas páginas/ Do livro do colonizador”. Seu primeiro livro Clamor Negro/2016, já vendeu mais de 2.700 exemplares de uma Edição Independente. Tem publicado o livro “Cativeiro de versos” - com poemas diversos/2018; “Letras Pretas” com poemas da resistência preta/2019; Escrevivências, Editora Castanha Mecânica/2019; “Pretos Prazeres”, Editora Lucel - SP/2020, com 50 minicontos afro-eróticos e o livro “Nenhuma Palavra de Amor”, Editora Segundo Selo - BA/2020. Participou de várias antologias e coletâneas, como a do “Sarau da Boa Vista”, “Coletânea Poética do SINTEPE” e “Roda de Poesia”, da ADUFEPE. 

Em2017, estreou com o espetáculo Clamor Negro, como atriz, escritora e diretora, no Espaço teatral O Poste Soluções Luminosas, esse espetáculo já alcançou um público de mais de cinco mil espectadores. Odailta Alves participa de vários saraus de Pernambuco. Em 2016, teve seu poema “Língua”, premiado com o 1º lugar no II Concurso Internacional da Casa de Espanha (RJ). Em 2019, ganhou o Festival Nacional Elas por Elas (RN), com o poema “Paz”; foi homenageada entre as 50 Mulheres que mudaram a história de Pernambuco; foi também homenageada pelo Ministério Público de Pernambuco e compôs a coordenação nacional do I ENEGRAS (Encontro Nacional de Escritoras Negras) realizado em Pernambuco. Odailta faz parte do Comitê estadual de Mulheres Negras de Pernambuco e do Conselho Estadual pelos Direitos das Mulheres. E-mail: odailta@yahoo.com.br

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