Juvenal Teodoro Payayá

 Juvenal Teodoro da Silva nasceu em Miguel Calmon/BA, em 04 de abril de 1945. Filho de Ana Gonzaga da Silva e Cosme Teodoro da Silva. Pai de três filhos morando na Aldeia Payayá onde viveu o grande Cacique Sacambuasu ‘o Forquilha grande’. Cacique, poeta, romancista e reflorestador. Nascido na Aldeia Marakayá/gato pintado na Chapada Diamantina, na Bahia. Depois de alfabetizado, por volta dos 16 anos, Juvenal conclui o primeiro e o segundo grau no sistema de madureza buscando bagagem para ingressar na Universidade de São Paulo – USP, abandona sem concluir o curso de história, 8 anos depois do abandono da USP conclui o curso em Ciências Econômicas na UEFS. Juvenal se torna escritor na fase adulta da vida, influenciado pelo que viu na estrada percorrida, e principalmente motivado pelas questões indígenas, sem dúvida que foram as buscas das respostas étnicas.

Primeiros foram os contos, depois os poemas. Estes contos da infância atenuados no saudosismo da família tribal e carinhosa se perderam nas mudanças constantes, sendo retomados posteriormente e está presente nos escritos publicados ou algum rabisco inédito. Através da poesia onde “Sangue como História” é uma delas, foi despertando o prazer e a necessidade de escrever cada vez mais. 

Juvenal busca e encontra as primeiras provas documentais, pois a história conhecida era oral, desperta no já professor Juvenal Teodoro a necessidade de escrever e publicar seu primeiro livro – “Os Tupinikim - versos de índios”, 2001 - depois vieram “Ninguém na caverna de Polifeno”, 2003 (romance) tratando das questões do índio “urbanizado”. A chancela “Literatura Indígena” começa a despontar na mídia com a “Lista de Literatura Indígena”: Eliane Potiguara, Daniel Munduruku, Graça Graúna, Olívio Jacupé com a contribuição singela de Juvenal Payayá.

É no Comitê Pró Timor Leste quando surge o livrinho “Timor Leste – O gosto da liberdade”, 2005; logo edita com Edilene “Fenomenal – história da cabeceira do primeiro rio” – protopoema; depois “A Retomada X Interdito proibitório”, 2007. O romance “Pelos assassinos” uma conspiração contra o tempo vivido, dando ênfase à onda de desemprego que assolava o país no final do século XX e inicio do XXI; A melhor saída foi criar a Editora Século XXI.

“Negócio na Periferia”, 214 páginas, foi o primeiro romance com mais autonomia. Este livro foi retratado numa dissertação de mestrado da prof. Francieli Queiroz/UFBA – Universidade Federal da Bahia. Em 2010 o novo romance “O Filo da Ditadura” reminiscência do período de engajamento político do autor durante o regime ditatorial militar, o lançamento do livro foi na Escola de Belas Artes da UFBA.

Somente 6 anos depois de O Filho da Ditadura /2016 - surge uma nova e importante obra “Vozes selvagens”, livro de poemas que introduz novamente o agora cacique-poeta no meio literário, mais dois anos se passam; chega “Nheenguera”, editado pela ALBA – Assembléia Legislativa da Bahia/2018; e o cordel “Sacambuasu”, em memória do maior herói Payayá que também é editado. Juvenal Payayá recebeu o titulo de “Destaque Cultural/2006”, do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. E-mail: caciquepayaya@gmail.com  

  

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