Jorge de Lima


 Jorge Mateus de Lima nasceu em 23 de abril de 1893, em União de Palmares/AL. Foi pintor, desenhista, ilustrador, escultor, poeta, romancista e professor. Após ter feito seus primeiros estudos em sua cidade natal, Jorge de Lima mudou-se para Salvador/BA, onde ingressou no curso de Medicina. Deu prosseguimento à faculdade no Rio de Janeiro, onde concluiu o curso, em 1914.

Seu ingresso na literatura ocorreu muito cedo, por volta de 1910, ocasião a partir da qual começou a usufruir de certo prestígio, principalmente com o poema “Acendedor de lampiões”, texto com traços parnasianos. Sua estréia oficial, porém, foi em 1914, com a publicação da obra intitulada XIV alexandrinos. Após concluir o curso de Medicina no Rio de Janeiro, mudou-se, em 1917, para Belém do Pará, onde se casou.

Após o casamento, retornou a Maceió e se dedicou à medicina, à literatura e à política. Foi pai de dois filhos: Mário Jorge e Maria Tereza. Foi professor e diretor da Escola Normal e do Liceu Alagoano. Em 1921, foi eleito o Príncipe dos Poetas Alagoanos. Em 1926, ingressou na vida política, elegendo-se deputado estadual.

Em 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu a medicina. Ainda nesse ano, tornou-se professor de Medicina da Universidade do Brasil e da Universidade do Distrito Federal. Paralelamente à carreira docente, Jorge de Lima atendia em seu consultório, que também funcionava como ateliê de arte, onde se reunia com artistas e intelectuais da época. Em 1946, elegeu-se vereador do Rio de Janeiro. Foi candidato cinco vezes à Academia Brasileira de Letras, não tendo sido eleito. Em 1952 foi eleito presidente da Sociedade Carioca de Escritores. Faleceu em 15 de novembro de 1953, no Rio de Janeiro.

A obra poética de Jorge de Lima apresentou, em suas primeiras publicações, influência do parnasianismo e do simbolismo. Posteriormente, Jorge de Lima aderiu ao modernismo, o que fez com que sua poesia passasse a apresentar temas nativistas de origem popular e africana. Depois, sua poesia expressou uma tendência ao misticismo, fase em que seus poemas apresentaram traços de religiosidade. As características mais recorrentes de suas poesias podem ser assim sistematizadas:

Livros publicados: Em Poesia: XIV Alexandrinos (1914); O mundo do menino impossível (1927), Poemas (1927); Novos poemas (1929); Poemas escolhidos (1932); Tempo e eternidade (1935), com Murilo Mendes; A túnica inconsútil (1938); Anunciação e encontro de Mira-Celi (1943); Poemas negros (1947); Livro de sonetos (1949); Obra poética (1950); Invenção de Orfeu (1952); Castro Alves - Vidinha (1952); Antologia poética (1962). Em Prosa: Salomão e as mulheres (1927); O anjo (1934); Calunga (1935); A mulher obscura (1939) e Guerra dentro do beco (1950).

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